Violência na escola


No âmbito da disciplina de área de projecto, um grupo de alunos do 12º ano, turma A, aplicou um questionário aos alunos do 9º ano para verificar se existe violência na nossa escola e caso exista, identificar os comportamentos relacionados com a violência.
Este trabalho surgiu por proposta da Coordenadora de Educação para a Saúde uma vez que, ultimamente nas escolas portuguesas a violência em meio escolar tem sido bastante vivenciada. Os resultados foram posteriormente analisados pela Psicóloga Dr.ª Patrícia Pinto, do Programa EPIS.
Parece que a violência está a evoluir cada vez mais nas nossas escolas e actualmente apresenta características bem diferentes daquela que existia há algumas décadas atrás.
Relativamente à primeira questão do questionário, os alunos apontam as características dos traços de personalidade, tais como, a falta de educação e a agressividade e os factores de contexto, como o consumo de droga, o tabaco e álcool como as principais razões explicativas da violência na escola. Quando os alunos são questionados se já foram vítimas de agressão, a grande maioria responde negativamente. Contudo, têm a percepção de que existe violência na escola, apesar de não a terem vivenciado. Este dado pode estar relacionado com o facto de já terem assistido a situações de violência ou terem conhecimento de episódios que alguém contou. Dos 9 alunos que foram vítimas de violência na escola, a maioria não procurou ajuda, talvez por receio. No entanto, a maioria deles revela que gostaria de ter sido ajudado. Quando foram agredidos, os alunos indicam o ódio e a revolta como os principais sentimentos experimentados. Ainda hoje sentem raiva quando recordam esses momentos.
Os alunos inquiridos acreditam que respeitar os professores, funcionários e colegas e cumprir as regras da escola, seguidos de respeitar as opiniões da escola e andar em grupos são os factores mais indicados para prevenir a violência na escola. Estes factores estão todos relacionados com o papel do aluno na prevenção da violência na escola.
Contudo, torna-se indispensável questionar qual o grau de participação da própria escola, da família ou mesmo do meio envolvente na prevenção de violência por parte de alguns alunos. Nenhuma destas partes deve assumir uma posição simplista. A família deve gerar um ambiente afectivo capaz de desencorajar potenciais cenas de violência e apoiar os seus filhos caso sejam vítimas. O papel da família é crucial, devendo a mesma ser chamada a intervir e a responsabilizar-se pela educação dos seus educandos. A escola deve promover uma supervisão dos espaços de recreio, um conjunto de punições consistentes para agressores e um sistema de apoio para as vítimas. Em suma, se desejamos que os alunos geradores de violência, se tornem cidadãos de pleno direito, será necessário prepará-los (tarefa por vezes bastante difícil), para pensar e resolver conflitos, ou teremos uma violência com tendência para aumentar cada vez mais.

Os alunos: Nelson Pereira, Ana Pereira e Daniel Almeida.
A Coordenadora de Educação para a Saúde: Célia Sequeira
A professora de Área de Projecto: Sandra Silva
A Psicóloga: Dr.ª Patrícia Pinto
Posted on 3/09/2009 10:49:00 da tarde by D.on Eg@s and filed under | 0 Comments »

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